O Classe foi sempre um dos pilares do catálogo da Mercedes, mas hoje já não é apenas um modelo, é uma família de propostas, onde, para além da versão de três volumes, da carrinha, do coupé e até do SUV GLC, há um novo elemento: um cabrio.
É a primeira vez que a marca de Estugarda apresenta uma carroçaria deste tipo neste segmento. Até aqui, o antigo CLK, que deu origem ao novo SLC, fazia a ponte entre a base do mercado e os grandes descapotáveis produzidos pela Mercedes para os segmentos superiores, onde a marca tem uma tradição bem vincada no seu ADN.
O design do novo Classe C Cabrio tem tudo a ver com o Coupé que lhe deu origem, mas a capota de lona faz toda a diferença neste descapotável do tipo 2+2. De série é proposta uma capota negra, mas o cliente pode optar pelo azul, vermelho ou castanho. Pode ser aberta ou fechada em 20 segundos a velocidades até aos 50 km/h.
O habitáculo não é muito diferente do que conhecemos no Coupé, mas, tal como ele, é elegante, funcional e confortável. Pode ser tão requintado quanto o comprador estiver interessado em pagar, mas mesmo as versões mais simples oferecem materiais e acabamento de grande qualidade.
O espaço disponível não merece críticas, mesmo quando olhamos para os bancos traseiros, mas o porta-bagagens com um volume de 350 litros perde espaço com a capota recolhida e não vai além de 285 litros.
O C400 de 333 cv poderá ser o mais apelativo, mas só estará disponível mais tarde. Por isso, como as opções diesel são as mais adequadas à realidade do mercado nacional, foi nelas que centrámos a nossa atenção.
As primeiras unidades estarão disponíveis em Setembro, mas ainda não há preços disponíveis. Contudo, é de esperar que esta versão seja em média 5 mil euros mais cara que o coupé equivalente.
Ao volante do 250d equipado com a caixa automática 9G-Tronic ficámos bem surpreendidos com a qualidade da insonorização. É certo que a velocidades mais elevadas sente-se o soprar do vento, mas é a única diferença face ao coupé e isso merece aplausos, e ainda mais aplausos para o desempenho do Aircap depois de recolhida a capota.
Os Cabrio pesam em média mais 125 kg do que os coupés, devido aos reforços estruturais e aos motores que deslocam a capota, mas o peso não se nota verdadeiramente, a menos que vamos olhar para as performances de cronómetro na mão.
É certo que este 250d não é um desportivo, mas é fácil manter ritmos de condução elevados, sobretudo quando se opta pelos modos de condução mais dinâmicos (Sport ou Sport +). Nestas condições talvez gostássemos de uma direcção mais directa e menos desmultiplicada, mas para quem procura mais adrenalina e menos conforto há outras opções no catálogo do C Cabrio.